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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Miski - O melhor árabe de São Paulo desde 1987

   Sempre gostei da culinária árabe e há pelo menos 15 anos frequento o Miski, que para mim é o melhor exemplo de excelência e sustentabilidade de suas características gastronômicas pois não consigo me lembrar sequer de uma vez que não tenha gostado de alguma coisa, algo que estivesse em falta ou até mesmo ser mal atendido, o que é dificílimo para qualquer dono de restaurante manter, a qualidade.
   A casa comandada pelo proprietário Sérgio Kalil oferece os melhores produtos árabes, das esfihas passando pelos pratos quentes como o carneiro ao forno com snobar, açafrão e cebolinha até os doces típicos. Para estacionar é super fácil pois tem estacionamento na porta e serviço de manobristas apesar de sempre ser possível encontrar uma vaga na própria rua ou adjacentes, caso prefira ficar em casa o Miski tem um excelente serviço de delivery ou você pode também retirar na rotisserie, no balcão de entrada do próprio restaurante, tudo sempre com a mesma qualidade e excelente atendimento.
   Se a sua opção foi ficar no restaurante será provavelmente recepcionado pelo próprio Kalil ou pelo Tony, um dos funcionários mais antigos da casa que quando me vê chegando só com a minha namorada nem precisa trazer o menu pois já sabe exatamente o que eu gosto, o que se repete com diversos outros frequentadores assíduos. Uma excelente forma de aguardar os pratos chegarem é pedir uma porção do Choucri Hamasni (Pistache Jumbo) produto importado que é considerado o melhor do mundo cujo sal especial é importado do Canadá - Muito Bom!!!
   Para beber eu geralmente peço Arak que é uma bebida alcoolica geralmente destilada da tâmara ou da uva tem como aroma principal o anis, ocultando o sabor do alcool mas sem deixar os efeitos colaterais aparecerem pois é bastante forte! Sempre recomendo pedir o Arak ou qualquer outra bebida alcoolica quando estiver com outra pessoa que não beba, no caso minha namorada, que na entrada já fica com a chave do carro. Eu geralmente peço o nacional (acho muito mais saboroso) da marca "Georges Aubert", no copo peço para macerarem um pouco de hortelã com ou sem açucar, adicionar muito gelo e à parte uma garrafa de água mineral natural sem gás (para adicionar aos poucos ou intercalar bebendo separadamente). Apesar do Arak ser transparente na garrafa ao despejá-lo no copo com gelo o líquido vai se tornando branco (conhecido como leite de camelo) nos lembrando de um antigo ditado que diz que "isso é de Arak..." quando algo tem uma aparência mas pode mudar.
   Se a fome não for muito grande fico somente com as esfihas, kibe cru, coalhada e mais alguma coisa, reservando espaço para a sobremesa. A melhor esfiha de ricota que eu conheço é do Miski, portanto não poderia ser difente, é com ela que começamos o jantar, super bem temperada com tomate, cebolinha e sempre quentinha, saída do forno.


Da frente para o fundo: Esfiha de ricota, Arak e cesto de pães

Esfiha de ricota

   Eu nunca havia pedido a esfiha fechada de carne, mas pedimos algumas para experimentar, honestamente, essa não é a minha preferida pois o tomate vem com muita água e a carne tem sabor mais forte, prefiro esta opção do Almanara.

Esfihas de carne e limão

   Já o kibe cru é imbatível, como hoje há grande preocupação em consumir carne crua essa é para comer tranquilo, está sempre vermelhinha, sem cheiro forte e com mais carne que trigo, deixando o sabor inigualável, para acompanhar pedimos a coalhada seca, hortelã picada e azeite podendo comer puro ou com pão e torrada

Da frente para o fundo: Esfihas de carne, kibe cru, hortelã, cebola e cebolinha e cesto de pães

Kibe cru com hortelã picada, coalhada seca e azeite

   Se fosse continuar pedindo outros pratos ou durante um almoço com mais pessoas eu optaria pelo arroz com lentilhas e cebola grelhada, kibe michui feito com a mesma massa do kibe (carne com trigo) mas recheado com coalhada seca, kibe de batata (massa de batata recheado com carne moída) ou a mjadra (lê-se mijadra) mas esta não existe melhor que a da minha tia Cynthia (em breve especial).
   Portanto optamos por uma sobremesa diferente para quem nunca experimentou, mas especial, o sorvete de Miski com calda de damasco, o sabor é inigualável, da primeira vez minha namorada torceu o nariz mas logo em seguida pediu mais. O miski é a resina da árvore aroeira (a mesma da familia do Pistache) que é colhida entre junho e outubro mas tem produção bastante limitada encarecendo o produto. A resina era usada no passado para ser mascada nas longas travessias do deserto pois protegiam o estomago e davam sensação de saciedade, hoje já podemos encontrar no restaurante miski uma lata com as famosas pérolas de miski, podendo mascar como chiclete.
   Também tem uma grande variedade de doces servidos na bandeja que podem ser acompanhados pelo mel de rosas, um dos meus favoritos é o doce de nata ou os com damasco e pistache. Caso queira provar outro doce bastante diferente opte pelo doce de queijo mas lembre de reservar ao chegar, pois acaba rápido.

Sorvete de Miski com calda de damascos. Menu ao fundo.

Bandeja de doces árabes


Vista do balcão da rotisserie


Enfim, o Miski é uma excelente escolha para um grande almoço de sábado com a familia e amigos ou um jantar rápido, mas sempre bem servido e muito bem atendido.

Lazanhômetro - Miski Especialidades Árabes - 5 Lazanhetas

Acessibilidade    -    Serviço    -    Preço    -    Qualidade    -    Bônus
 

Miski Especialidade Árabes - Rua Joaquim Eugênio de Lima, 1.690 - Jd. Paulista - São Paulo - (11)3884.3193


Abraços;
Lazanha

Um comentário:

  1. Olá, Andre!
    Concordo c/ vc. O Miski é memo mto bom.
    Parabéns tb pelo respeito que vc tem c/ seu leitor.
    Isso sim é um blog confiável.
    Bjs, Gi.

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